Enredar
Acordei de um sonho
em que o vestido era uma derrota.
Vim das salas dos bailes heróicos!
Emparelhei com musas patéticas
e aparelhei módicos estóicos…
Até despi as vestes heréticas,
sob a guarda de um céu de areia,
eu, só, na alvorada de um feixe,
abri o olho e era arrasto de peixe
– compulsão que acordar não freia.
Mas as mãos são quem puxa a lota
e as escamas estrelavam o medonho.
Olhei-me e a língua era da letra morta.
Tapei-me e voltei à cama que é porta.